sexta-feira, 2 de abril de 2010

Boletim Semanal



Ver. Renatinho - PT



Boletim semanal – Bertioga (SP) - Ano II - Edição nº 50


INDICAÇÕES

COMBATE À DENGUE
Devido ao aumento dos casos de dengue em Bertioga, o Vereador Renatinho fez uma indicação ao prefeito para que realize um grande mutirão de combate a dengue. Renatinho sugeriu ainda que os funcionários da saúde municipal orientem a população e os doentes a usar repelente para evitar que sejam picados pelo mosquito transmissor da doença.

INFORMATIVO

SESSÃO
Durante a sessão da Câmara de Bertioga nesta semana, 30 de março, foram lidos e votados três processos de cassação do prefeito Mauro Orlandini. A primeira representação foi contra a nomeação da irmã do prefeito para o cargo de Secretária de Educação, que recebeu quatro votos pelo arquivamento do processo, três votos pelo andamento. Dois vereadores não estavam no plenário. A segunda leitura foi uma representação contra a contratação da empresa de advocacia Antonio Sergio Baptista Advogados Associados, que teve quatro votos contra e dois a favor. A terceira representação foi pela prefeitura dispensar (ou não exigir) licitação para a contratação do escritório de Advocacia Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade. O processo recebeu quatro votos pelo arquivamento e três pela continuidade.

REUNIÃO DA FREPAP-LN
O Vereador Renatinho, o presidente da Câmara de Bertioga, Toninho Rodrigues, e os vereadores Pastor Clayton, Vando, Alemão e Marcelo Vilares estiveram na quinta-feira passada, 25 de março, em São Sebastião, para participar da reunião ordinária da Frente Parlamentar Paulista do Litoral Norte (Frepap-LN).
Na pauta dos trabalhos, além dos assuntos específicos de estudo das comissões especiais (pedágio, saúde, lixo, saneamento básico e segurança), a questão de uma possível mudança nas regras de distribuição dos royalties do petróleo.
Contrários à Emenda do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que prevê a distribuição dos royalties segundo os critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), os cinco municípios que compõem a Frente (Bertioga, Caraguá, São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba) prometem se mobilizar, e ir até Brasília se for preciso, para defender os interesses da região.
Na sessão da última terça-feira (23) os vereadores de Bertioga apresentaram em plenário Moção de Repúdio à aprovação dessa Emenda parlamentar.

VACINA CONTRA INFLUENZA A
A partir de segunda-feira (05) até o próximo dia 23 tem início a terceira etapa da vacinação contra Influenza A (H1N1)- a gripe suína, cujo público alvo são adultos de 20 a 29 anos de idade. A campanha, lançada pelo governo estadual no dia 08 de março, se estenderá até maio, em cinco etapas.
Esta etapa da vacina continua atendendo, também, grávidas em qualquer período de gestação, até o dia 21 de maio. A imunização será feita em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Município, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.
A Secretaria Municipal de Saúde estima imunizar 8.629 pessoas na faixa etária entre 20 e 29 anos, até o próximo dia 23. Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Bertioga, na primeira etapa da campanha foram imunizados 691 trabalhadores da saúde; já na segunda etapa foram vacinadas 352 crianças menores de dois anos, 250 portadores de doenças crônicas e 243 gestantes.
A quarta etapa, de 24 de abril a 7 de maio, coincide com a campanha anual de vacinação contra a gripe sazonal. Nesse período, os idosos serão vacinados para a influenza sazonal, como todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, receberão também a vacina contra a gripe pandêmica.
A estratégia foi elaborada de forma que a população dessa faixa etária se dirija aos locais de vacinação apenas uma vez. A quinta e última etapa compreende o grupo formado pela faixa etária de 30 a 39 anos, com a vacinação ocorrendo entre 10 a 21 de maio.
(Fonte: Assessoria de Imprensa PMB)

CAFÉ E DENGUE
A Baixada Santista vive mais uma epidemia de dengue e alguns cuidados devem ser tomados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, como não deixar água acumulada.
Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências da UNESP, durante a pesquisa de mestrado, descobriu que a borra de café produz um efeito que bloqueia a postura e desenvolvimento do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O mosquito pode ser combatido colocando borra de café nos pratinhos de coleta de água de vasos e xaxins, dentro das folhas das bromélias.
Dengue é uma doença infecciosa aguda e possui 4 sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). É transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Sintomas:
- Febre alta com duração de 2 a 7 dias
- Dor de Cabeça
- Dor no corpo e nas juntas
- Dor atrás dos olhos
- Manchas vermelhas pelo corpo

Alguns Cuidados:
- não deixar água da chuva acumulada sobre a laje
- se não colocou areia no pratinho das plantas, lave com escova, água e sabão
- se tiver plantas aquáticas, trocar a água com freqüência e levar o vaso com escova, água e sabão
- encher de areia os pratinhos dos vasos
- mantenha a caixa d´ água tampada
- jogar no lixo tampas, potes, garrafas vazias, embalagens usadas e latas que possa acumular água

(Fontes: Ministério da Saúde, UNESP, Luciana Rocha Antunes)

DENGUE, UM PERIGO REAL E IMEDIATO

* Fausto Figueira e Marcos

A epidemia de dengue pode estar chegando ao ponto mais ameaçador nestes 20 anos de luta inglória contra o mosquito transmissor. Ainda que as autoridades sanitárias do Estado tentem descaracterizar a gravidade da situação, UTIs dos hospitais da Baixada Santista têm os seus leitos ocupados por doentes com a versão hemorrágica da doença. Tem gente morrendo e rara é a família sem alguém doente.
A epidemia não pode ser enfrentada com olhos no calendário eleitoral. Não dá para minimizar o problema, nem escamotear os números alarmantes de dengue hemorrágica. O perigo é real e imediato e exige mobilização total.
No século passado, por duas ocasiões o Aedes aegypti, vetor da dengue, desapareceu das áreas urbanas do país. Nas décadas de 30 e 50, o foco era o combate à febre amarela, transmitida pelo mesmo mosquito. Em 1957, a espécie foi declarada erradicada do Brasil, na XV Conferência Sanitária Panamericana.
Entretanto, desde a reintrodução do Aedes aegypti no Brasil, na década de 1980, passou a existir um evidente risco do retorno da transmissão da febre amarela em áreas urbanas e, agora, com a medicina a anos-luz da praticada no início do século passado, vivemos assombrados por mais uma epidemia de dengue.
E pior: desta vez com maior agressividade e letalidade, situação piorada pela carência de leitos hospitalares na Baixada Santista.
O enfrentamento ao vetor é uma das estratégias na luta contra a dengue. A proliferação da espécie é favorecida pelo clima e por um certo relaxamento dos serviços de vigilância sanitária. O inseto se espalhou nas áreas urbanas, apesar de sua autonomia de vôo ser, em média, de apenas 30 metros (o que, em tese, facilita o cerco). A capacidade de multiplicação é fantástica: do ovo à fase adulta são 7 dias; o mosquito vive em média 45 dias e produz até 100 ovos durante a sua existência.
O combate deve ser feito eliminando os mosquitos adultos e eliminando os criadouros de larvas.
Outra medida é melhorar a assistência nos postos e unidades de saúde. Os municípios devem investir no primeiro atendimento, evitando a sobrecarga de hospitais e pronto-socorros.
Tantos cuidados são necessários porque a situação é muito mais grave do que demonstram as estatísticas oficiais. O número de casos notificados não representa a realidade, já que para um grupo de dez pessoas, apenas uma apresenta sintoma.
São mais de 38 mil casos registrados em Santos desde 1997 e, por essas contas (multiplica-se por 10 o número de casos notificados), dá para concluir que quase 90% da população já foi contaminada pelo menos por um sorotipo do vírus. Se contaminada por outro sorotipo, as chances de desenvolver dengue hemorrágica aumentam de 0,5% para 5%.
O crescente número de óbitos e a avassaladora incidência da doença na Baixada Santista neste verão justificam a tomada de medidas radicais e incisivas por parte das autoridades.
A letargia do Governo do Estado, manifestada pelas assustadoras declarações do secretário adjunto da Saúde, ao minimizar o problema e não reconhecer a epidemia, representa uma séria ameaça à saúde pública, grave o bastante para que o Ministério Público apure eventuais omissões das autoridades responsáveis.
* Fausto Figueira é médico, deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Marcos Caseiro é médico infectologista e professor universitário.

Feliz Páscoa!

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